Projeto patrocinado pela Lei Paulo Gustavo, operacionalizada pelo Governo de Goiás, orienta estudantes sobre possibilidades da carreira artística
Aplicação de testes vocacionais e visitas aos cursos tradicionais de graduação são a realidade de jovens de todo Brasil durante o ensino médio. Aqueles que desejam ingressar em cursos relacionados às carreiras tradicionais geralmente conseguem neste período compreender o caminho que precisam seguir rumo a profissão desejada, enquanto que aqueles que se interessam em trabalhar com arte, nem sempre conseguem perceber um caminho de profissionalização via universidade.
É com essa percepção que a musicista e produtora cultural Ingrid Bahia vem atuando desde 2022 com o projeto FEIRART. Um projeto que tem sua segunda edição em 2024 e é patrocinado pela Lei Paulo Gustavo, do Governo de Goiás. O Feirat tem como objetivo proporcionar a jovens que desejam trabalhar com arte e que estão em período de decisão profissional, uma primeira orientação vocacional com aulas práticas, painéis e laboratórios.
Para Ingrid Bahia “a possibilidade de ofertar a estes alunos experiências práticas no mercado da cultura, além de orientações sobre acesso e formação, pode transformar uma aptidão geralmente silenciada pela falta de conhecimento sobre as oportunidades que temos, em uma estrutura profissional com emprego, renda e formação educacional”.
O projeto vem de encontro ao “bum econômico” e cultural da cidade diante do que estudiosos chamam de economia criativa e circular. Desde o fim da pandemia da Covid-19, artistas anapolinos passaram a conhecer linhas diversas de fomento para a cultura, tanto via Poder Público, quanto por iniciativas privadas e negociações corporativas. Estima-se que de janeiro de 2023 a agosto de 2024, Anápolis tenha movimentado mais de 11 milhões de reais em produções culturais sediadas na cidade. Produções financiadas via leis de incentivo municipal, estadual e federal, que além de contratações de artistas de diversas linguagens diretas, também movimentaram o setor hoteleiro, de alimentação e produtos.
“Quando concluí os estudos, eu imaginava ser muito difícil viver de arte e a verdade é que é mesmo, porque ainda esperamos que alguém nos descubra e toda a coisa mude, mas hoje vivemos um momento bom nacionalmente e podemos construir por nós mesmos, mercados que confluem empregos e renda, valorizem os territórios e deem luz aos talentos da nossa gente”.
Nesta edição do FEIRART, as ações serão realizadas em dois campos: o escolar com as oficinas destinadas aos jovens dO CEPI Gomes de Souza Ramos, de 7 a 11 de outubro, com oficinas de fotografia, audiovisual, artes cênicas e música, tendo o momento final uma feira de apresentação das produções executadas; e o virtual com a distribuição de cinco pílulas sobre profissionalização artística e cultural destinada aos jovens anapolinos.
Acompanhe as pílulas no perfil do instagram.com.br/feir.art