Com mais e 800 feridos e 88 desaparecidos, o RS conta 157 mortos por causa das fortes chuvas que atingiram o estado
O número de mortos por causa das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 157. A informação consta no boletim da Defesa Civil do estado divulgado neste domingo (19/05) e publicado pelo GZH.
Até agora, o RS tem cerca de 806 pessoas feridas e ainda busca 88 desaparecidos. As chuvas, que provocaram enchentes, deixaram 581.633 pessoas desalojadas, das quais 76.955 estão alocadas em abrigos.
Neste domingo, o Guaíba, em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, chegou ao menor nível desde o começo da inundação, que chegou ao pico em 5 de maio. De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), às 17h15, a altura da água era de 4,29 metros.
Vale lembrar que o rio chegou a bater 5,35 metros no último dia 5. Entre sábado e domingo, o nível chegou a baixar mais de 20 centímetros em 24h. A previsão é de que o Guaíba siga acima da chamada cota de inundação, considerada de 3 metros, até o fim do mês, pelo menos, conforme o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Além da diminuição do Guaíba, o governo do Rio Grande do Sul anunciou a liberação da rota para o município de Santa Maria, pela RSC-287. Há ainda trabalho para normalizar o trânsito dos seguintes quilômetros: 60, 137, 167 e 226.
Inundações reduzidas por bombas
Neste domingo, começam a ser usadas um conjunto de bombas de alta capacidade para realizar drenagem em pontos inundados pelo estado gaúcho. Os aparelhos são doações da Sabesp, a companhia de saneamento básico de São Paulo.
As bombas conseguem remover até 3,3 mil litros de água por segundo. Os equipamentos estão sendo utilizados já em Porto Alegre e Canoas.
Pimenta ressalta “agilidade” para repor casas no RS
O ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, disse ser um desafio agilizar a oferta de casas para os desabrigados no estado gaúcho. São mais de 76 mil pessoas em abrigos e 540 mil desabrigados, devido às fortes chuvas.
“O grande desafio que temos pela frente no próximo período é agilidade para poder oferecer casas, agilidade para resolver a questão habitacional e como fazer a transição das pessoas que estão em abrigos e das pessoas que estão fora de abrigos, mas também não têm casas para voltar”, afirmou Pimenta neste domingo (19/5).
O ministro comentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “abriu um leque de possibilidades” para facilitar casas à população, como aplicar o programa Minha Casa, Minha Vida, compra assistida de moradias e imóveis em leilão pela Caixa Econômica Federal. Outra alternativa ainda sob análise do governo federal seria pagar quem receber desalojados, para “descentralizar os grandes abrigos”.
porMetr0p0les parceiro Manchester – foto: Agência Brasil