Iniciativas como PAA Leite, FCO Leite, Índice de Preços de Derivados Lácteos e doação de sementes de milho ajudam segmento a superar desafios
Apenas no primeiro trimestre de 2024, Goiás registrou a produção de 558,6 milhões de litros de leite industrializado, ocupando a quinta posição no ranking nacional. A cadeia do leite, porém, enfrentou muitos desafios nos últimos anos, como queda de preços, elevação de custos de produção e concorrência de produtos importados. Esta situação levou o Governo de Goiás a adotar uma série de medidas de apoio ao segmento.
Em março desse ano, por exemplo, o governador Ronaldo Caiado anunciou a retirada de benefícios fiscais de laticínios que importam leite e derivados de outros países, por meio de alteração em lei e publicação de decretos. Também lutou pela criação de uma linha de crédito específica para a bovinocultura leiteira no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). Em vigor desde janeiro desse ano, o FCO Leite oferece menores taxas de juros e carência mais longa para pagamento.
Já no mês de maio, o Goiás Social, em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), promoveu a doação de milho a produtores de leite do Estado, aliviando os custos com insumos. Na esfera da comercialização do leite, o Goiás Social lançou também uma edição do Programa de Aquisição de Alimentos específica para a cadeia do leite: o PAA Leite.
“Com o Agro é Social, o Goiás Social se faz presente na vida dos pequenos produtores da agricultura familiar de Goiás, e com a cadeia produtiva do leite não é diferente. Com esses incentivos, nós garantimos geração de renda para essas famílias ao mesmo tempo que melhoramos a qualidade da produção e fortalecemos a economia do nosso Estado”, afirma a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.
Por meio do PAA Leite, cujo edital foi publicado no final de julho, o Estado irá adquirir o produto de organizações associativas e cooperativas de agricultores familiares. Conforme destaca o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende, essas pessoas são as mais impactadas pelas oscilações do segmento. “Aproximadamente 52% de todo o leite que é produzido em Goiás vem de propriedades rurais da agricultura familiar. É um perfil de produtores que precisa cada vez mais de políticas públicas eficientes”, pontua.
Conciliação
Outra medida importante, levando em consideração a necessidade de apoiar o produtor na precificação do leite, foi a instituição do Índice de Preços de Derivados Lácteos. O indicador se tornou uma referência para a definição do preço pago pelo leite ao produtor rural no mês seguinte à comercialização. “Esse índice demonstra a variação dos preços da cesta de derivados lácteos, reduzindo a imprevisibilidade e possibilitando que os valores pagos aos produtores sejam mais justos”, explica o secretário Pedro Leonardo.
A metodologia do índice foi estabelecida pela Câmara Técnica de Conciliação da Cadeia Láctea, um ambiente de negociação que tem como objetivo o aumento da transparência e a redução de conflitos na cadeia láctea de Goiás.
porSeapa – Governo de Goiás – foto: Secom