Em 27 de novembro, grupos rebeldes liderados pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) iniciaram uma ofensiva contra o regime de Assad na Síria
Após 13 anos de uma guerra civil sangrenta, rebeldes derrubaram o regime de Bashar al-Assad na Síria, neste domingo (8/12). Os rebeldes sírios liderados por radicais islâmicos anunciaram, na televisão pública da Síria, a queda do presidente Bashar al-Assad e a “libertação” da capital Damasco, segundo a RFI. O paradeiro de Assad é desconhecido até o momento.
No comando do país desde 2000, o ex-presidente não resistiu à pressão da última ofensiva de grupos opositores liderados pelo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), que, desde 27 de novembro, tomaram importantes regiões do território sírio.
Assad comandou a Síria por 24 anos e viu o país mergulhar em um conflito interno em 2011, após uma onda de protestos contra seu governo.
Com a ajuda de aliados como a Rússia e o Irã, Assad conseguiu retomar algumas áreas dominadas por grupos de oposição. Sob seu governo, a Síria também viu a ascensão do Estado Islâmico (Isis), que chegou a controlar diversas regiões do país até perder seu último reduto no território sírio, em 2019.
Apesar de a situação na Síria aparentar relativa tranquilidade nos últimos anos, a hegemonia de Assad no poder voltou a ser ameaçada no fim de novembro, após a ofensiva liderada pelo HTS.
Rapidamente, o grupo jihadista e seus aliados conquistaram diversas regiões sírias, começando pela segunda maior cidade do país, Aleppo. Nas primeiras 96 horas de conflito, a estimativa é que os rebeldes tenham capturado cerca de 50 áreas por dia.
Depois de capturar algumas províncias do país, ocupando cidades como Aleppo, Hama e Homs, os jihadistas iniciaram um cerco contra a capital do país e sede do governo, Damasco, neste sábado (7/12).
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